Saturday, February 27, 2010

#249

(Image by loewenhoehle)


Eu penso no silêncio
dos rostos que passam,
atribuo-lhes adjetivos

e estórias.

Deve haver algum tipo de conforto
na espera,
deve haver algo
além de um copo de vinho
que nos mantenha ali sentados
e algo maior que um olhar
para nos colocar de pé.

Será que reconheceremos um ao outro
no meio de tantos rostos?


I'm always thinking of the silence
in the faces of passers-by.
I attribute them adjectives
and stories.

There must be some sort of comfort
in waiting,
there must be something
beyond a glass of wine
to keep us sitting and waiting
and something more meaningful than
a glance
to make us stand.

What if we don't recognize each other's
among so many faces?

8 comments:

  1. [também os nossos olhos de mar salgado, são espelho reflexo, do outro; entre os seus sorrisos e despojos, encontramos também a nossa luz... fraca ou forte, a que tomamos!]

    um imenso abraço, Kenia

    Leonardo B.

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  2. Passam tantos anônimos, que já nem sabemos quem somos. Deve haver algo depois da esquina.
    Beijos

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  3. São esses rostos que nos povoam o imaginário!
    Adorei!

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  4. Tantos rostos diferentes, mas somos todos iguais por dentro, por isso achar alguém certo não deveria ser tão difícil.

    Sobre o meu texto pode postá-lo sim.


    Mariana.

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  5. Adorei teu espaço poético. De muito bom gosto e significado. Abraços veganos literários!

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  6. Nice article,
    Keep posting stuff like this i really like it.
    God Bless you.

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  7. Sim, há de ter algum conforto na espera...

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  8. Queria saber a estória dessa poesia...

    Beijos!

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